O CRISTÃO E A UNIVERSIDADE
O
CRISTÃO E A UNIVERSIDADE
Prof. Pedro
Virgínio
Texto Base: 1 Pe 3: 13-17
1.
INTRODUÇÃO
a.
O
problema: Um grande número de jovens cristãos, ao ingressar
na Universidade, abandona a fé ou a coloca em segundo plano.
b.
Estatísticas:
EUA (50% perdem a fé)/ Criam dicotomia: Fé X mundo./ Entram em stand-bay/ 17 a
25 anos (EUA): 10% abandonam a fé, 20% abandonam a igreja mas professam, 40%
Continuam na igreja com mente secularizada sobre a vida e 30% saem com uma fé
mais sólida.
c.
Fatores:
Jovens criados numa bolha religiosa, Desconhecedores dos fundamentos da fé e da
bíblia, imaturos intelectual e moralmente para lidar com a oposição de pontos
de vista anti-cristãos e falta de preparo do ambiente de igrejas para lidar com
as dúvidas e crises desses jovens.
2.
CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
a. Os cristãos, ao longo de toda a história, tiveram que lidar com o desafio de responder aos questionamentos ou às demandas do seu contexto social.
b. Antiguidade
(Até 400 d.c): Diante dos judeus e dos judaizantes.
i.
Porque deveríamos aceitar a Jesus de Nazaré
como sendo o Messias?
ii.
Em meio à cultura grega, tentaram achar
a ponte para o diálogo - Filosofia
iii.
Defender-se no contexto pagão de
acusações de ateísmo, canibalismo, orgias sexuais, sedição civil.
iv.
Aparecem as Apologias
c. Medieval
(400 d.c. -1500 d.c): O desafio de sistematizar a doutrina e embasá-la de modo
mais racional e didático.
i.
Patrística: Agostinho
ii.
Escolástica: Anselmo de cantuária, Pedro
Abelardo, João Escoto Erígena, João Duns Scoto, Bernardo de Claraval, etc.
iii.
Tomismo: Tomás de Aquino
iv.
As primeiras Universidades surgem: Séc.
XII D.C (1050 d.c)
d. Modernidade(1500
d.c - 1700 d.c): Na Modernidade em um contexto de grandes mudanças culturais:
Ascensão
i.
Humanismo - antropocêntrico - retomada
de valores do mundo grego/Romano
ii.
O naturalismo
iii.
O anticlericalismo
iv.
Guerras de religião
e. Contemporaneidade
(1700 d.c - 2000 d.c): Os desdobramentos do período moderno: Ascensão/
iluminismo.
i.
Racionalismo
ii.
Empirismo / Positivismo cientificista.
iii.
Do laicismo
iv.
Das Ondas revolucionárias
v.
Expansão do capitalismo
vi.
Guerras mundiais e Estados totalitários
f. Pós-modernidade
(2000d.c - ):
i.
Relativização do poder da razão
instrumental
ii.
Grande ênfase na imaginação
iii.
Liquidez das relações: “Mundo líquido”
iv.
Fragmentação das relações e das
cosmovisões
v.
Individualismo
vi.
Anti-intelectualismo
(Cf John Stott)
3.
DILEMAS
ENFRENTADOS NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO
a. Os
jovens Cristãos no contexto Universitário irão se deparar com vários tipos de
dilemas. Alguns deles são:
i.
Éticos
e morais: Questões de valores e de comportamento.
ii.
Políticos:
Quanto a visão e o papel do estado, cidadania, políticas sociais, justiça
social.
iii.
Epistemológicos:
Quanto aos pressupostos do conhecimento (Naturalismo, Materialismo, Teísmo,
Deísmo, Agnosticismo, Dogmatismo, Realismo crítico, Relativismo, etc)
QUESTÕES ENFRENTADAS
Por que seria razoável
ser cristão?
Qual a relevância da fé
cristã para a sociedade atual?
Para ser cristão é
preciso cometer “suicídio intelectual”?
A Fé e a Razão estão em
oposição?
Como explicar que haja
o mal no mundo de um Deus bom?
A Ciência e a filosofia
desfavorecem a religião e a fé?
Como lidar com a dúvida
no contexto da universidade?
Tese: É preciso conhecer relativamente bem as propostas da ciência e as propostas da fé para discernirmos até que ponto elas se chocam ou se complementam.
4.
O
PAPEL DA IGREJA
a. Qual
o papel de pastores, professores e pais cristãos na instrução de seus jovens
que estão em vias de ingressar na universidade?
b. Instruir
em toda a doutrina Cristã e em suas aplicações nas diversas situações da vida -
Cosmovisão.
c. A Igreja
deve ser entendida como lugar de:
i.
Adoração:
Serviço sagrado e contemplação de Deus.
ii.
Discipulado:
Doutrina e Cosmovisão
iii. Educação geral: Vida no contexto da cultura
5.
AS
ATITUDES DO JOVEM CRISTÃO NA UNIVERSIDADE
a. Vida com Deus:
Devocional e Disciplinas espirituais. ,
b. Conduta moral:
Comportamento e testemunho cristão.
c. Conduta acadêmica:
Compromisso com o estudo criterioso e a honestidade intelectual.
d. Disposição para sofrer - Humildade - Confiança em Deus - O exemplo de Cristo.
6. CONCLUSÃO:
Ênfase na necessidade de preparar melhor teologicamente os jovens cristãos para
o enfrentamento da cultura com seus valores e pressupostos pós-modernos.
Alguns textos bíblicos.
Ora, quem é que vos há de
maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer
por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto,
com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como
Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele
que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com
mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam
contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom
procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que
sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. |
Ora, tendo Cristo sofrido na
carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na
carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não
vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta o tempo decorrido
para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções,
concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Por isso, difamando-vos,
estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os
quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e
mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para
que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo
Deus. |
vos demovais da vossa mente, com
facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por
epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. |
E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, |
para que não mais sejamos como
meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de
doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. |
Porque, embora andando na carne,
não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando
cativo todo pensamento à obediência de Cristo, |
Tu, Senhor, conservarás em
perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. |
Ai dos que ao mal chamam bem e
ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo
por doce e o doce, por amargo! |
A glória do Senhor se
manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse. Uma voz diz: Clama; e alguém
pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a
flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do
Senhor. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a
palavra de nosso Deus permanece eternamente. |
Irmãos, reparai, pois, na vossa
vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as
coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas
do mundo para envergonhar as fortes; ....para que, como está escrito:
Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. |
Porque não me enviou Cristo para
batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que
se não anule a cruz de Cristo. Certamente, a palavra da cruz é loucura para
os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria
dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio?
Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus
louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creêm pela
loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos
buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os
judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus
como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a
loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais
forte do que os homens. Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que
não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem
muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do
mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as
desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de
que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo
Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria,
glorie-se no Senhor. |
OBS: As datas na parte de contextualização,
referente aos períodos históricos, são totalmente aleatórias, não seguindo a
divisão adotada pelo historiadores.
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