Negar a si mesmo ou, diga sim ao recalque
Negar a si mesmo ou, diga sim ao recalque
Pedro Virgínio P. Neto
“E se tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti;
pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá
todo o teu corpo para o inferno” (Jesus Cristo, mateus 5: 30)
Não!! Definitivamente Jesus, o Messias, não estava ordenando aos seus discípulos que literalmente deveriam arrancar sua mão para com ela não pecar.
A verdade de Cristo expressa em seu ensino é que ser seu discípulo requer que o indivíduo realize renúncias (1) radicais de prazeres, negócios e intenções que constituem caminho de afastamento de Deus (2). Em sentido bem popular, é preciso ser “recalcado” (3). Ou seja, é preciso não dar vazão a todas as ideias e desejos que pesam em nossa mente e em nosso coração.
O discípulo verdadeiro deverá andar no mundo como um diabético que está cumprindo uma dieta radical e precisa atravessar pelo meio de uma loja de doces deliciosos ao paladar e chamativos à vista, mas que podem levá-lo à morte.
Ao declararmos que cremos em Deus e em Jesus Cristo, devemos meditar sobre o que temos renunciado neste mundo. Cristo, renunciou à glória que tinha com o Pai no princípio, por amor aos homens. Ainda sim, Deus é acusado de tirania e de falta de amor. No mundo atual “negar a si mesmo” não é uma ideia aceitável. Porém, é o caminho do discípulo.
- A base das renúncias são os ensinamentos de Cristo ( João 5: 21 a 24): “ E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo que honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Em verdade, em verdade vos digo: quem houve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”
- Isaías 59: 2 - “mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”
- Empregado no sentido popular (contenção dos desejos e intenções) e não em sentido psicanalítico.
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